sábado, janeiro 28, 2006


...mil gotas apressadas correm esmagando-se no chão... por detrás da vitrine embaciada chove, cá dentro... cá dentro manequins inanimados sorvem um café interminável expostos a quem passa, modelos que ninguém vê, que ninguém quer comprar... modelos esquecidos nos minutos breves que não passam, esperando um pouco da chuva agitada que lá fora não cessa de cair... a um canto, aguardo o meu café, vou chovendo por dentro as lágrimas que aos olhos me secam e aguardo... aguardo o fim deste café sem sabor, aguardo... o instante em que detrás do vidro gelado o calor de um olhar me virá buscar...

2 comentários:

Cinza disse...

Na mesa sente-se a brisa dessa chuva.. o café amargo que arrefece... no sorriso multicor e urbano, estendemos a mão e a colher parece tornar-se espiral no fundo da cafeína...

Anónimo disse...

oh! e d repent entra alguem com o maior sorriso do mundo e mil coisas pra contar :) mais 1 cafe... e 1 sabor k já é diferent :)